Você talvez não conheça a obra Ensaio sobre a Desigualdade das Raças Humanas, de Arthur de Gobineau, mas certamente conhece suas teorias.
Segundo Gobineau, a história humana seria regida, fundamentalmente, por uma única causa: a disputa entre três diferentes raças – a branca, a amarela e a negra – que, com qualidades e disposições diferentes, produziriam as mudanças nas sociedades e nas civilizações.
Seu livro é a principal obra teórica do racismo surgido no século XIX, e influenciou fortemente a intelectualidade ocidental em todo século XX. Caso você não saiba, foi Gobineau quem estruturou a teoria de que existiram os chamados povos Arianos – o termo, inclusive, é cunhado por ele – e que seria o mais alto nível que o ser humano poderia alcançar. Todos sabemos o quão longe estas concepções chegaram.
Imprescindível para os estudos históricos sobre o racismo, inclusive no Brasil (onde, aliás, Gobineau atuou como embaixador), trata-se da primeira tradução para a língua portuguesa. É por meio desta obra que se pode conhecer os fundamentos do pensamento racista que se pretendia científico, suas ideias e suas consequências.
E, inclusive, é nela que nasce a principal fonte teórica do branqueamento da população de um país, ideia que foi tão cara a parte da elite brasileira nas primeiras décadas do século XX. Ideias, aliás, aceitas pelos próprios poderes políticos.
Quer estudar os fundamentos do racismo científico nos séculos XIX e XX? As políticas públicas, no Brasil, que buscavam a segregação racial como parte de projetos políticos? As teorias da superioridade dos arianos sobre as demais “raças” humanas?
Então você deve conhecer o trabalho de Gobineau.
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