O processo de Filipa de Sousa, símbolo do movimento LGBTQ+ no Brasil

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A portuguesa Filipa de Sousa, nascida em Taviria, no Algarve, e que tinha cerca de 35 anos em 1591, é uma das mulheres mais representativas do período colonial brasileiro. Costureira, vivendo na Salvador colonial com seu marido, o pedreiro e já idoso Francisco Pires, Filipa conquistou uma póstuma e provavelmente indesejada fama: por conta de seus relacionamentos amorosos e sexuais com mulheres da sociedade baiana, acabou denunciada à Inquisição, perseguida e presa. E, após um sumário processo, acabou condenada pela prática do “nefando pecado da sodomia”: foi obrigada a assistir uma missa, com uma vela à mão, enquanto seus pecados eram anunciados à população local (foi obrigada inclusive a pagar pela vela); açoitada “pelas ruas e locais costumeiros” da cidade; condenada ao degredo, sendo expulsa da Bahia e proibida de retornar enquanto fosse viva; e recebeu, por fim, penitências espirituais da “Santa Igreja, mãe piedosa” como fez que questão de destacar na sentença o visitador Heitor Furtado de Mendonça. [Trecho da apresentação da obra]

Nesta obra são reunidos, pela primeira vez, todos os documentos relacionados ao processo de Filipa de Sousa, portuguesa que, vivendo na Salvador colonial em fins do século XVI, foi condenada por Sodomia, devido aos amores lésbicos que viveu na cidade do período.

Nesta obra, além de documentos já conhecidos sobre sua prisão, estão outros raros ou inéditos, como os interrogatórios pelos quais passou Filipa, a publicação da sentença, a informação da soltura, as custas do processo, além da interessantíssima transcrição do Auto do Pregão, o documento em que se detalha o castigo do açoite sofrido por Filipa.

A obra é um conjunto documental que apresenta um quadro riquíssimo sobre a submissão feminina no Brasil colônia, bem como os diferentes preconceitos ligados a diferentes opções sexuais não normativas do período.

E, por fim, um libelo de resistência, da própria Filipa de Sousa.


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